O álcool fornece energia (7 kcal / g), portanto, pode ser SIM um fator contribuinte para o ganho de peso. Em geral, estudos recentes mostram que a ingestão de álcool leve a moderada está associada ao ganho de adiposidade. No entanto, alguns indivíduos são mais propensos a ganhar peso.
O álcool mostrou influenciar uma série de hormônios ligados à saciedade, aumentando a ingestão de energia inibindo os efeitos da leptina, ou peptídeo GLP. O álcool também pode influenciar a fome agindo sobre as vias opióide, serotoninérgica no cérebro aumentando o apetite.
Uma revisão sistemática recente mostrou associações positivas entre o consumo de cerveja e medidas de adiposidade abdominal (também conhecida como “barriga de cerveja”) em homens. A associação positiva entre ingestão de álcool e adiposidade foi observada independentemente do tipo de bebida, embora o maior efeito tenha aparecido com o consumo de cerveja.
Pensando no ganho de massa muscular, um estudo para avaliar o efeito do consumo de álcool sobre as taxas de síntese de proteínas miofibrilares (MPS) após exercício. Nesse estudo foi observado que o consumo de álcool reduz as taxas de síntese proteica, mesmo quando ingerido junto a proteína. Portanto, a ingestão de álcool suprime a resposta anabólica no músculo e pode prejudicar a recuperação e a adaptação ao treinamento e o desempenho.
Uma explicação para isso seria que o álcool prejudica a sinalização do IGF-I nas fibras do tipo 2, mais responsivas à hipertrofia. Isso indica que o etanol reduz os níveis plasmáticos de GH e altera os eixos hipofisários ao diminuir a liberação de LH, o que reduziria também o nível de testosterona que levaria a uma síntese proteica reduzida. O etanol mostrou aumentar os níveis basais de cortisol.
Resumo: afeta não só o resultado na academia mas sim na vida de modo geral, por influenciar diretamente a relação hormonal.
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